O Samhain é o meu festival preferido. Este é o tempo das lições dos recomeços, da cura e da vitalidade. Momento pra descansar e restaurar as energias. É o momento onde olho pro passado com gratidão e sonho com quem serei daqui pra frente.
No Samhain sou sempre lembrado que os Deuses e espíritos não mudam nosso destino e nem nossa vida, e sim executam funções dentro da natureza, que através do rito e da vivencia de certos valores, liberam energias capazes de alimentar nosso viver bem.
"Como tem sido esta jornada de renovação?" Foi a pergunta que sussurram durante minha conexão matinal enquanto eu refletia sobre meu ultimo ano. "De rompimentos" foi a minha resposta. Deixei ir quem só finge que me ama; Deixei ir mesmo "sendo do meu sangue"... romper não é fácil, mas não precisamos carregar na mala todas as pessoas e situações que fizeram parte da nossa vida, principalmente quando estas pessoas e situações fizeram com que entendêssemos ilusoriamente a dor como prazer e afeto.
Costumo dizer que nossos rituais visam afastar o mal já instalado, manter um bem já instalado e atrair e manter um bem que ainda pode chegar. É preciso deixar ir a nossa dependência; às vezes, até a nossa gratidão se o outro não é capaz de vê-la e respeitá-la. É preciso deixar ir.
nGetal um dos ogham desse ciclo em nossa tradição, anuncia caminhos férteis, mas as sementes precisarão ser novas e frescas. O que está podre não vai mais poder nos dar uma colheita abundante. Deixemos ir!
Feliz Samhain,
Cedric Lytérios Soteira /|\
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