Os silos já estão repletos de grãos armazenados da primeira colheita. Agora em Mabon a gente colhe e conserva o que mais dá. No Mabon, a segunda colheita, o que se colhe são coisas perecíveis como frutas, verduras, legumes e sementes oleaginosas. Esses alimentos necessitavam de técnicas de armazenamento mais rebuscadas para durarem no inverno. Por isso compotas, geleias e frutas passas não são estranhas nas ceias e pratos típicos desse sabá.
É tempo de fartura grande, mas é também tempo de escolhas: que grãos entre todos que tenho a disposição são os melhores e mais saudáveis para guardar e plantar do outro lado da roda, em Ostara? Em Mabon damos graças pela fartura, mas sem esquecer que este é principalmente o tempo onde pensamos como conservar a vida.
O tema do equilíbrio tem destaque nesta celebração, nos lembrando que tudo é temporário, que nenhuma estação dura para sempre, e que nem a escuridão nem a luz ultrapassam a outra por muito tempo. É tempo de refletir sobre o que iremos precisar ao longo dos próximos meses.
Podemos aproveitar a energia propícia desse sabá para fazermos uma breve avaliação de como estão fluindo nossos projetos, nossas relações, nossa saúde, nossas finanças e nossas emoções. Mas também é o momento de partilhar a nossa abundância, aquilo que vingou, pois o que é bom merece ser compartilhado com aqueles que nos apoiaram e alegraram nossa caminhada ate aqui, não é mesmo?!
Feliz Mabon! Feliz Equinócio!
Cedric Lytrérios Soteira
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